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Investir num projeto de Turismo não é algo tão simples como parece à primeira vista. Na maioria dos casos, os investimentos no setor do turismo pressupõem um investimento inicial e um risco superior face ao investimento num negócio tradicional. Do capital necessário ao dia que marca o início da atividade, qualquer que seja a natureza do investidor, o pensamento é o mesmo, “Quais são os mecanismos financeiros que posso utilizar para reduzir o risco do meu projeto?”.
É precisamente por compreendermos as necessidades e estarmos próximos dos investidores do setor do turismo que elaborámos este artigo. Aqui, não só vai poder encontrar as respostas que precisa para reduzir o risco do seu projeto, como também, vai ficar a conhecer como funciona, na prática, a combinação entre o Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva e a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta Turística 2024.
Tabela de conteúdos
Certamente que já ouviu falar no Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva. Provavelmente é um dos apoios mais conhecidos pelos Empresários Portugueses. Este é um Sistema de Incentivos à Competitividade Empresarial (SICE) promovido pelo Portugal 2030 e gerido pelo IAPMEI, destinado a PME que desenvolvam atividades em setores como a Indústria, Turismo e Serviços.
Com uma taxa de apoio a Fundo Perdido que, à data deste artigo (2024), pode chegar até aos 60%, este é um excelente mecanismo financeiro para as empresas que se proponham a desenvolver projetos de inovação que tenham como vista o aumento da capacidade produtiva.
Com base neste objetivo são elegíveis os projetos relacionados com:
No entanto, o acesso à dotação orçamental deste Sistema de Incentivos, não é acessível a todo o tipo de projetos. Isto quer dizer que, embora a base do projeto possa estar enquadrada numa das tipologias mencionas acima, há um fator determinante para o sucesso da candidatura, o fator INOVAÇÃO.
Para avaliar se o seu projeto tem potencial para apresentar uma candidatura agende aqui o seu diagnóstico gratuito.
A LAQO - Linha de Apoio à Oferta Turistica 2024 é uma linha de financiamento protocolada entre o Turismo de Portugal e as instituições bancárias, com o objetivo apoiar e estimular a criação, requalificação e reposicionamento de empreendimentos, estabelecimentos e atividade em áreas de baixa densidade populacional.
Ao contrário do Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva, esta linha obedece a uma estrutura de financiamento própria capaz de abranger mais áreas de atividade. No entanto, há fatores a ter em consideração e que devem ser acautelados pelas empresas para garantirem o acesso ao Fundo.
Com um limite máximo de 3.000.000€ a atribuir pelo Turismo, o financiamento encontra-se estruturado conforme a tabela 1, abaixo apresentada.
Tabela 1: Estrutura de Financiamento LAQO
No caso do apoio a conceder pelo Turismo de Portugal, este é reembolsável até 15 anos e com um período de carência de até 4 anos no caso das PME. No caso das Não PME o período para reembolso é de 10 anos com carência de até 3 anos.
Acrescido a tudo isto, as empresas que conseguirem alcançar os seus objetivos poderão beneficiar de um prémio de desempenho de 25%, no caso das PME, e de 5% para não PME, podendo ser acrescido ainda de uma majoração de 10% se a empresa for distinguida com o Selo Sustainability Leader.
Por último, esta linha pode ser utilizada cumulativamente com o Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva, uma oportunidade que vamos detalhar, na prática, como funciona e de que forma esta combinação de mecanismos de financiamento pode ajudar a diminuir o risco e a necessidade de fundo de maneio numa primeira fase.
Para compreendermos melhor como funciona, na prática, a cumulatividade do Sistema de Incentivos do Inovação Produtiva e da LAQO, preparámos este caso prático para ilustrar os seus benefícios. ⚠️ Tenha em atenção que este é um caso meramente hipotético e que deve ser adaptado à realidade do seu projeto.
Este caso prático encontra-se dividido em três Fases:
Sobre o Projeto em Análise:
Considere a Empresa X com estatuto PME localizada numa região de baixa densidade e que se propõe a desenvolver um conceito de turismo inovador e com grande impacto na valorização da região onde se pretende instalar. Para este projeto a estimativa de investimento é de 1.000.000€
Para este caso considerámos as seguintes taxas aplicáveis a cada uma destas variáveis:
Nota: Para os cálculos seguintes não são considerados os limites aos auxílios da inovação.
Tabela 2: Investimento com Aplicação do SI Inovação Produtiva
Neste cenário, podemos observar que este projeto iria beneficiar de um apoio de 400.000€ a Fundo Perdido e que o seu promotor teria de assegurar 200.000€ numa fase inicial e ainda pedir um empréstimo de 400.000€. Assim, no final do projeto, o seu promotor teria investido 200.000€ (capitais próprios) e pago juros sobre os 400.000€ do empréstimo bancário.
Tabela 2: Investimento com Aplicação da LAQO
Ao realizar uma candidatura isolada à LAQO, a empresa X teria de assegurar 200.000€ de Capitais Próprios, iria beneficiar de um financiamento reembolsável proveniente do Turismo de Portugal no valor de 600.000€ com carência de até 4 anos e, no final do projeto, ainda conseguiria beneficiar de um prémio de desempenho de 210.000€.
Feitas as contas, no final do projeto o promotor do projeto terá investido 200.000€ de capitais próprios, beneficiado de um empréstimo 800.000€ (600.000€ sem juros e 200.000€ de empréstimo bancário com juros) e um prémio de sucesso de 210.000€.
Tabela 2: Investimento com Aplicação do SI Inovação Produtiva + LAQO
Neste cenário, o investidor teria investido 200.000€ (Capitais Próprios), beneficiado de um apoio de 400.000€ a Fundo Perdido e transformado a necessidade de um empréstimo bancário de 400.000€ (Empréstimo Bancário – Ponto 1) num financiamento sem juros de 300.000€ e de um empréstimo com juros de 100.000€.
No final do projeto, pode ainda beneficiar de um prémio de desempenho no valor de 105.000€.
A análise prática da cumulatividade entre o Sistema de Incentivos à Inovação Produtiva (SICE Inovação Produtiva) e a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta (LAQO) demonstra claramente os benefícios significativos que podem ser alcançados ao combinar estas fontes de financiamento.
No primeiro cenário, com a aplicação isolada ao SICE Inovação Produtiva, o promotor obtém um apoio de 400.000€ a fundo perdido, mas precisa recorrer a um empréstimo bancário de 400.000€, arcando com os juros correspondentes, além de investir 200.000€ de capitais próprios.
No segundo cenário, com a candidatura isolada à LAQO, o projeto beneficia de um financiamento reembolsável de 600.000€ sem juros, proveniente do Turismo de Portugal, e de um prémio de desempenho de 210.000€. Contudo, ainda é necessário um empréstimo bancário de 200.000€ com juros e um investimento inicial de 200.000€ em capitais próprios.
No terceiro cenário, ao combinar o SICE Inovação Produtiva com a LAQO, a empresa maximiza os benefícios: recebe 400.000€ a fundo perdido, reduz a necessidade de empréstimo bancário para apenas 100.000€ com juros, complementado por um financiamento sem juros de 300.000€ do Turismo de Portugal. Além disso, pode ainda beneficiar de um prémio de desempenho de 105.000€, caso cumpra com todos os objetivos definidos na candidatura.
Este estudo prático destaca que a abordagem combinada permite ao investidor minimizar os custos financeiros e maximizar os benefícios de apoio, resultando numa estrutura de financiamento mais favorável e menos onerosa. Para os investidores, esta estratégia representa uma oportunidade de alavancar o investimento com menor exposição ao risco financeiro e maior potencial de retorno, otimizando o impacto positivo do projeto na valorização regional.
Na Yunit vai poder encontrar um apoio ajustado às especificidades do seu projeto com vista ao sucesso da sua candidatura!
1. Análise dos investimentos e enquadramento;
2. Elaboração da análise estratégica e estudo de viabilidade:
4. Candidatura;
5. Apoio à implementação do projeto de investimento.
Na Yunit, o nosso papel passa por descomplicar e simplificar para os nossos clientes todo o processo de candidatura, otimizando o potencial de elegibilidade dos projetos de investimento: desde a realização de uma análise económico-financeira coerente, passando pelo alinhamento do projeto com os indicadores relevantes no âmbito da descarbonização, até à submissão da candidatura na plataforma específica, cujos formulários obrigam a uma série de conhecimentos e de competências.
O facto de sermos uma PME e termos lógicas e desafios semelhantes aos dos nossos clientes, coloca-nos numa posição privilegiada e de proximidade para sermos capazes de identificar e diagnosticar as mudanças e oportunidades do mercado, traduzi-las para o contexto de cada um dos nossos clientes e apoiar a sua mudança e adaptação para dar a melhor resposta e continuar a criar valor.
Só trabalhando desta forma é que conseguimos atingir taxas de sucesso na ordem dos 76% (SI I&DT, INT, QUAL e INOV), quando a média do mercado é de 41%.
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Yunit Consulting: Juntos, vamos dar o Salto
Última atualização: 31 de Julho de 2024
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