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SIFIDE: A inovação está a acontecer. Mas continua invisível.

10 04 2025 Benefícios Fiscais Bernardo Maciel, CEO da Yunit Consulting
SIFIDE: A inovação está a acontecer. Mas continua invisível.

Portugal bateu, em 2023, recordes de candidaturas ao SIFIDE. Mas, antes de celebrarmos, vale a pena olhar para os números com atenção.

Em 2023, existiam 1.526.926 empresas registads em Portugal. No entanto, nos últimos 18 anos, apenas 7.791 beneficiaram do SIFIDE. Isto corresponde a 0,51% do tecido empresarial nacional. Não há como negar: algo está a falhar.

Será que só estas 7.791 empresas é que inovam? Certamente que não!

O que está a acontecer é mais grave: as empresas inovam, mas não sabem que o estão a fazer. E, por isso, não aproveitam o benefício fiscal que existe exatamente para as apoiar.

SIFIDE não é só para techs e laboratórios.

O SIFIDE – Sistema de Incentivos Fiscais em Inovação e Desenvolvimento Empresarial permite às empresas deduzir em IRC até 82,5% das despesas elegíveis em atividades de I&D.

E não estamos a falar apenas de grandes projetos científicos.

Estamos a falar de:

  • Desenvolver um novo software;
  • Melhorar um processo interno;
  • Criar um produto mais eficiente;
  • Fazer testes, ensaios, provas de conceito.

Isto é inovação. Isto é I&D.

Mas a maioria das empresas não o reconhece como tal — e o resultado é o que vemos: perde-se dinheiro. Perde-se visão. Perde-se ambição.

O SIFIDE não é o problema. É parte da solução.

O SIFIDE é retroativo. Aplica-se ao que a empresa já fez. Não depende de avisos de candidatura nem de aprovação orçamental, nem obriga a novos investimentos.

Além disso, é compatível com incentivos financeiros, como os apoios à I&D Empresarial, no âmbito do Portugal 2030.

Mas há um obstáculo: a complexidade técnica do processo, especialmente, na identificação das despesas elegíveis e na elaboração das candidaturas.

É aqui que o apoio de equipas especializadas faz toda a diferença. Não basta conhecer a lei. É preciso conhecer o negócio. Traduzir projetos em fundamentos. Ligar inovação à fiscalidade — com rigor e visão estratégica.

Não é apenas uma dedução no IRC. É uma janela para o futuro.

Discutir a carga fiscal das empresas é legítimo. Mas, no caso do SIFIDE, não é a falta de medidas que pesa. É o desconhecimento.

E o custo do desconhecimento é alto: milhões de euros que saem das empresas e que podiam ser reinvestidos.

Além disso, o SIFIDE não serve apenas para devolver dinheiro às empresas. Serve para mapear a inovação nacional. Para perceber onde estão os focos de desenvolvimento. Para estruturar uma economia mais robusta, mais sustentável, mais ambiciosa.

O prazo para submeter a candidatura ao SIFIDE termina a 31 de maio.

E a pergunta que se impõe não é “será que posso beneficiar?”.

A pergunta certa é: “quanto já perdi por ainda não ter começado?”

 

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