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Agricultura Portuguesa: Investimento tem Impacto Positivo

17 08 2021
Agricultura Portuguesa: Investimento tem Impacto Positivo
Será que os investimentos efectuados no setor agrícola contribuíram para uma melhor agricultura em Portugal?
No final do primeiro trimestre de 2021 estavam aprovadas cerca de 316 mil candidaturas ao Programa de Desenvolvimento Rural, a que correspondem 7,8 mil M€ de investimento e 4 mil M€ de incentivo. O Recenseamento Agrícola - 2019 é uma operação estatística realizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este inquérito permite caracterizar as evoluções ocorridas nas explorações agrícolas na última década, bem como dar a conhecer algumas particularidades e especificidades da agricultura nacional. Analisarei alguns dos temas deste retrato da agricultura portuguesa, à luz dos investimentos realizados:
  • No que diz respeito às explorações agrícolas, verificou-se um aumento da sua dimensão média. Houve uma intensificação da empresarialização da agricultura, contribuindo para que as grandes unidades produtivas, embora representando apenas 4,0% das explorações, tenham gerado 64,8% do VPPT (Valor de Produção Padrão Total). A especialização foi reforçada, principalmente em culturas permanentes de frutos de casca rija e frutos tropicais, que aumentaram 96,7% e 100,2%, respetivamente.
  • A Superfície Agrícola Utilizada cresceu e  a sua composição foi significativamente alterada. Houve um decréscimo relevante nas terras aráveis, compensado por expressivos aumentos das áreas das culturas e pastagens permanentes.
  • Os prados temporários e culturas forrageiras aumentaram 12,0%, passando a ocupar praticamente 2/3 da superfície de terras aráveis. Verificou-se um aumento significativo da superfície de leguminosas para grão, em parte devido à diversificação das culturas, prática cultural elegível no âmbito da componente greening. O aumento da superfície de hortícolas em 8,3% traduz a dinâmica do setor nesta década, com o crescimento da área de estufas a refletir precisamente esse esforço de investimento na produção hortícola. Também o setor das flores e plantas ornamentais registou uma expansão das áreas instaladas.
  • Constatou-se a expansão e modernização dos olivais e pomares, em particular de frutos pequenos de baga, subtropicais e amendoais, ocupando a maior área dos últimos 30 anos.
  • Verificou-se uma importância crescente da produção de frutos frescos e da produção de abacate e kiwi; assim como um crescimento exponencial do amendoal e dos frutos pequenos de baga.
  • Mas o investimento na fruticultura não ficou circunscrito a estas culturas emergentes, tendo-se estendido aos citrinos e aos frutos frescos de climas temperados, cujas áreas aumentaram 14,1%, destacando-se os pomares de macieiras, pereiras e cerejeiras.
  • A produção de frutos de casca rija foi outra forte aposta na última década, que levou praticamente à duplicação das áreas. Para além da instalação de modernos e intensivos amendoais, que muito contribuíram para a duplicação de área, face a 2009,  verificaram-se também aumentos das superfícies de castanheiros e de nogueiras. Ainda assim, a área de olival e vinha representa 64,0% da superfície total com culturas permanente.
  • A superfície potencialmente regada aumentou, passando a beneficiar 69,7% dos pomares de frutos frescos, 11,5% dos pomares de casca rija, 31,7% dos olivais e 27,8% das vinhas. A utilização de informação de apoio à gestão da rega, obtida a partir de sondas de medição de humidade no solo e/ou dados meteorológicos, de deteção remota, como imagens de satélite, drones, ou fotografias aéreas, é uma prática presente em apenas 2,9% das explorações que regam, mas que, potencialmente, permite gerir quase 1/3 da área regada.
  • No que diz respeito à pecuária, houve um aumento no efetivo dos bovinos e suínos, com aumento da utilização de opções de produção extensiva.
  • A utilização de máquinas automotrizes de colheita de azeitona, uva e amêndoa, mais do que quadruplicou. Surgiram referências ao uso de tecnologias avançadas de agricultura de precisão. Trata-se de obtenção de dados georreferenciados, de satélite, de drones, de sensores e outros, que permitem intervenções dirigidas e zonalmente diferenciadas. Isto tem aplicabilidade na aplicação de fertilizantes e fitofármacos, regas, sementeiras/plantações, etc.
  • As explorações certificadas para a produção em modo biológico triplicaram, a acompanhar as tendências do mercado. Nas culturas temporárias em agricultura biológica, predominam os prados temporários e culturas forrageiras, devido à pecuária produzida em modo biológico, seguindo-se os cereais para grão, as culturas hortícolas e as leguminosas secas para grão.
  • Relativamente às culturas permanentes em modo de produção biológico, o olival é a cultura mais importante, seguindo-se os frutos de casca rija, a vinha e os frutos frescos. No entanto, a representatividade dos frutos pequenos de baga em modo de produção biológico é de 12,4%, a mais alta de todas as culturas.
Olhando para este retrato é de concluir que o investimento em agricultura cria valor para os empresários agrícolas!
Célia Esteves | Diretora de Sistemas e Processos
(Artigo publicado na edição de agosto da Revista “Actualidade” da CCILE – Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola)

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