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Da exclusão à integração das Grandes Empresas no Portugal 2030

11 03 2025 PT2030 | Investment and Financing
Da exclusão à integração das Grandes Empresas no Portugal 2030

Pela primeira vez, assiste-se a uma integração mais estruturada das Grandes Empresas neste ecossistema, consolidando a sua relevância na evolução do tecido económico nacional.

Nos últimos anos, os incentivos europeus foram predominantemente direcionados para as Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME), deixando as Grandes Empresas num plano secundário. Contudo, esta dinâmica está a mudar. O Portugal 2030 está a abrir novas perspetivas, permitindo que estes agentes económicos assumam um papel mais ativo no acesso a financiamentos destinados à investigação, inovação e sustentabilidade. Pela primeira vez, assiste-se a uma integração mais estruturada das Grandes Empresas neste ecossistema, consolidando a sua relevância na evolução do tecido económico nacional.

Esta alteração representa uma mudança de paradigma, permitindo que as Grandes Empresas deixem de ser meras espectadoras, para se tornarem também protagonistas no ecossistema de inovação. A abertura de novos instrumentos de financiamento reforça a sua capacidade de investimento, criando oportunidades para fortalecer a economia nacional através da investigação, desenvolvimento e colaboração estratégica com as PME.

O recente Aviso I&D&I Empresarial (copromoção), lançado a 31 de janeiro, é um claro sinal desta mudança. Pela primeira vez, estas empresas podem aceder a fundos europeus no âmbito de projetos colaborativos, desde que em parceria com PME, Small Mid Caps e entidades do Sistema de Investigação e Inovação (ENESII).

As Mini-Agendas Mobilizadoras do PT2030, inspiradas nas Agendas Mobilizadoras do PRR, contam com uma dotacão robusta de 149 milhões de euros e uma taxa de financiamento que pode atingir os 80%, para reforçar a capacidade industrial e a especialização da economia portuguesa na produção de bens e serviços inovadores, de alto valor acrescentado.

Este aviso constitui uma oportunidade singular para as empresas se integrarem num ecossistema dinâmico de colaboração estratégica, ampliando o alcance e a eficácia da sua capacidade de investigação e desenvolvimento ao longo de toda a cadeia de valor.

Por outro lado, outra novidade é o Sistema de Incentivo à Transição Energética e Climática (SITCE), que também está acessível às Grandes Empresas. Este programa destina-se a investimentos em descarbonização, eficiência energética, diversificação da produção de energia renovável e economia circular.

Com uma dotação global de 300 milhões de euros, o cofinanciamento pode chegar até aos 100% a fundo perdido, dependendo da tipologia do projeto e da dimensão da empresa. O pré-registo para Descarbonização e Eficiência Energética já está disponível, permitindo antecipar os projetos e dar início aos investimentos antes da abertura oficial do aviso, prevista para maio, e garantindo prioridade na análise da candidatura.

Esta evolução no acesso a incentivos representa um novo ciclo para o panorama empresarial português. O Portugal 2030 não só redefine as regras do jogo para as Grandes Empresas, como também reforça a importância da colaboração entre diferentes agentes económicos. Estas iniciativas não são apenas uma resposta às exigências do mercado global, mas também uma oportunidade para fortalecer cadeias de valor e consolidar a competitividade das empresas portuguesas a longo prazo.

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