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O ambiente económico adverso e sobretudo incerto deverá ser um importante catalisador para a consolidação de negócios. Veja a conferência do ECO, que teve o apoio da Yunit e da PRA - Raposo, Sá Miranda e Associados, sobre "Fusões & Aquisições".
Desde o início do ano foram realizadas 42 operações de fusões e aquisições envolvendo empresas nacionais num montante global de 1.160 milhões de euros. Trata-se de um volume de negócios equivalente a 45% do montante registado na globalidade do ano passado e menos de um terço do número de negócios realizados em 2022, segundo dados da Dealogic.
“Não temos capital em Portugal suficiente para potenciar as fusões e aquisições”, refere António Ramalho, senior adviser da Alvarez & Marsal, no seguimento da conferência do ECO “Fusões & Aquisições”, que contou com o apoio da Yunit Consulting e da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados. “O capital tem de ser angariado no estrangeiro e, para isso, é fundamental não mexer nas regras do investimento estrangeiro”, destaca António Ramalho.
A dimensão do mercado é um desafio. Não apenas no campo do capital, mas também ao nível da participação dos operadores. “O mercado está absorvido pelos grandes bancos norte-americanos e de algumas boutiques internacionais que ganharam dimensão em Portugal”, refere António Ramalho no primeiro de dois painéis da conferência com o tema “Fusões e Aquisições – Um Caminho para o Crescimento”.
Além da escassez de capital e da instabilidade no plano legislativo do capital estrangeiro, Pedro Raposo, chairman da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, destaca ainda a tradicional burocracia nacional como condicionante ao desenvolvimento de mais negócios no mercado nacional. “Já temos um regime benéfico no ambiente das fusões e aquisições. Não me parece que o problema esteja aí. O que não está bem é a demora da tomada de decisões por parte das autoridades políticas em algumas situações, e neste setor o tempo é crucial.”
Esta situação ganha ainda maior relevo numa altura em que os desafios e sobretudo as incertezas no plano económico ganham destaque. “As empresas olham para as fusões e aquisições como uma forma de ganharem escala, ganharem novos mercados”, refere Pedro Raposo no painel da conferência do ECO “Fusões e Aquisições – Um Caminho para o Crescimento”. Porém, o advogado nota também que, se nos últimos dez anos as condições de mercado apontavam para que as operações fossem sobretudo montadas para promover uma expansão do negócio, “agora deveremos ter um pouco mais de operações a aproveitar as fusões e aquisições para corrigir alguns problemas”, sobretudo no plano financeiro.
No painel "Os sectores que puxam pelas Fusões e Aquisições", Bernardo Maciel, CEO da Yunit, afirma que a sucessão da empresa é uma dificuldade porque os “self-made man” estão em fase final da carreira e os filhos podem não estar interessados em continuar o negócio ou terem medo do risco. As 2as e 3as gerações estão muito mais preocupadas com o risco e custos do financiamento. Os insucessos deste tipo de operações devem-se, na sua maioria, ao não alinhamento de expectativas, à falta de definição de estratégia e às dificuldades de integração de pessoas e culturas.
No mesmo painel, Nuno Fernandes Thomaz, Senior Partner da Core Capital, recorda que vivemos um contexto externo, resultante da pandemia e da guerra que está a gerar uma tendência de desglobalizacao e reindustrialização na Europa das pequenas indústrias, que já estão a assistir a um crescimento na procura, nomeadamente em Portugal. Salienta ainda que "os setores mais relevantes são a saúde e apoio social, devido envelhecimento da populacional, o agroalimentar, por causa da soberania alimentar e as energias renováveis, resultantes da transição climática."
Miguel Azevedo é chairman do Citi Investment Banking MEA (Middle East and Africa), um dos bancos mais importantes do mundo, aguarda com expectativa o encontro promovido pela Reserva Federal americana, Jakson Hole, no fim de agosto, para perceber se os mercados vão animar e se há condições para uma recuperação das fusões e aquisições internacionais. “Estamos a chegar a um momento em que quer a Europa, que os Estados Unidos estão a chegar ao fim da subida de taxas de juro e vai haver Jackson Hole nos Estados Unidos no final de agosto [23 e 24 de agosto]… Vai ser um momento crítico”, diz o banqueiro, em entrevista ao ECO no âmbito da conferência Fusões & Aquisições.
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